Rio de Janeiro (RJ) - Na última segunda-feira (23/11) foi publicado o estudo "Climatescope", coordenado pelo Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID em parceria com a Bloomberg New Energy Finance. O documento analisa a atividade no setor de energias renováveis referente ao ano de 2014 para 55 países em desenvolvimento e, dentre outras informações, disponibiliza ranking por atratividade de investimentos. O Brasil está em segundo lugar em atratividade para investimentos na área de energias renováveis, ficando a China com a primeira posição.
Assim como no ano passado, a atratividade de investimento dos países seguiu critérios financeiros, do mercado de carbono, quadro regulatório, e desenvolvimento da cadeia produtiva para composição do ranking.
“Os benefícios do investimento em usinas eólicas são significativos, pois, além do desenvolvimento econômico proporcionado, a fonte também contribui para o desenvolvimento social por meio da geração de emprego e renda para a população e da contribuição para o aumento de diversas atividades econômicas nas áreas de instalação dos parques”, diz a presidente executiva da ABEEólica, Elbia Gannoum.
Ainda segundo o relatório, o investimento em energias renováveis na América Latina e no Caribe aumentou de US$ 15,4 bilhões em 2013 para US$ 23 bilhões em 2014, representando aumento de quase 50% em um ano, com destaque para o volume de investimentos realizados no Brasil, Chile, México e Uruguai.
O Brasil foi líder absoluto dos investimentos nesta região, tendo sido destino de mais da metade dos recursos investidos (US$ 14 bilhões), seguido por Chile e México, com US$ 2 bilhões cada um no mesmo período.
Pra Elbia, “Os indicadores do relatório reforçam as percepções do desenvolvimento exponencial da indústria eólica e do Brasil como um dos mercados mais atrativos para ela, colocando-o, pelo segundo ano, em uma posição privilegiada”.
Apesar de as fontes renováveis complementares serem o objeto de análise deste relatório, a posição alcançada pelo Brasil deveu-se especialmente à fonte eólica, que atualmente participa com 8,1GW de potência instalada que representa 6% da Matriz Elétrica brasileira.
“Investir em energia eólica é cada vez mais promissor, pois, além de sermos um dos mercados mais competitivos do mundo, possuímos os melhores ventos que, aliados a um forte avanço tecnológico, resultam em grande eficiência na geração”, destaca Elbia.
Da Redação
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