"A medida é mais um avanço no sistema de governança da companhia dado que o diretor adjunto concentrará seu foco de atuação em ações internas, especialmente aquelas ligadas a demandas de controles internos, governança corporativa e governança societária, assim como prevenção e investigação", informou a estatal, em nota.

 

Segundo a Petrobras, a nova função é temporária e será mantida, inicialmente, até o final de 2019, quando será realizada avaliação sobre a necessidade de prorrogação da função por mais dois anos, podendo ser renovada sucessivamente por iguais períodos.

"A criação da nova função busca agilizar os processos internos em razão da elevada carga de atribuições relacionadas a órgãos externos da companhia, que tem demandado consideravelmente a Diretoria Executiva de Governança e Conformidade", acrescentou o comunicado.

 

A diretoria de governança foi criada na Petrobras em janeiro de 2015 em meio as denúncias de corrupção reveladas pela Lava Jato.

 

Desde então, a petroleira vem adotando uma série de medidas com o objetivo de combater fraudes, corrupção e desvios de ética. Na contramão do encolhimento do número de funcionários da empresa, a área de compliance cresceu e conta hoje com cerca de 300 pessoas.

 

No começo do mês, a Petrobras protocolou na Bolsa de Valores de São Paulo (B3, antiga Bovespa) um pedido de certificação para aderir ao Programa Destaque em Governança das Estatais. O objetivo, segundo a estatal, é fortalecer a governança da empresa e protegê-la de práticas que possam colocar em dúvida sua integridade.

 

O programa para estatais foi criado no ano passado pela bolsa para melhorar a imagem das empresas e prevê regras mais rígidas de divulgação de informações e na escolha de gestores. A adesão é voluntária.