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Matérias / Óleo e Gás
 
Livro detalha a história do petróleo no Brasil, da exploração ao ensino
Obra mostra como a Petrobras contribuiu para a criação dos primeiros cursos de geologia no país
14/08/2017

O Conselho Nacional do Petróleo (CNP) e a Petrobras tiveram um papel decisivo na formação de recursos humanos qualificados para o desenvolvimento da indústria do petróleo no Brasil. A Petrobras contribuiu para a criação dos primeiros cursos de geologia do país e fomentou ciência e tecnologia na área. O tema foi estudado na pesquisa de doutorado de Drielli Peyerl, autora do livro recém-lançado “O Petróleo no Brasil: Exploração, Capacitação Técnica e Ensino de Geociências (1864-1968)”. A publicação expande a tese defendida sob orientação da professora Silvia Figueirôa, com dados da pesquisa de pós-doutorado da autora. Os estudos foram financiados pela Fapesp.

 
Uma das novidades do livro é trazer dados da biografia do geólogo norte-americano Walter Link (1902-1982), nomeado como o primeiro diretor do Departamento de Exploração da Petrobras, um dos principais cargos da empresa na época. Link, em 1959/60, se transformou em “inimigo” da companhia e, por consequência, do Brasil, ao afirmar que as pesquisas sobre petróleo deveriam ser direcionadas à plataforma continental (faixa de terra submersa). O petróleo brasileiro não seria encontrado “em terra” ou onshore.Décadas depois a empresa reconheceu que ele estava certo com as investidas na pesquisa offshore.
 
No primeiro capítulo, a autora aborda as leis, questões políticas e econômicas relacionadas à exploração do petróleo até 1939, quando se encontra primeiro poço no Estado da Bahia. O segundo capítulo é dedicado à formação do Conselho Nacional do Petróleo (CNP), em 1938, que antecedeu a Petrobras, instituída em 1953. Drielli enfatiza que o Brasil criou o CNP antes mesmo da descoberta do petróleo. Em 1952, o CNP começou a investir na capacitação técnica de sua própria mão de obra. O trabalho teve continuidade com a Petrobras, que gradativamente absorveu as atividades do CNP.
 
“O Brasil era visto como um país que não tinha petróleo. A busca demorou décadas, mas, ao mesmo tempo não havia pessoas formadas para trabalhar na Petrobras. Tanto que os primeiros cursos de formação conectados ao petróleo foram realizados dentro da empresa”, afirma a autora.
 
A maior parte do maquinário (como sondas) utilizado na busca por petróleo era importada dos Estados Unidos. O trabalho conjunto de brasileiros e estrangeiros marca todo o período que o livro aborda. Drielli ressalta a tentativa inclusive de empresas estrangeiras, como a Standard Oil, de expandir os seus negócios no Brasil. Para desenvolver as pesquisas, a autora viajou para vários países, como México, França e Estados Unidos, em busca de fontes primárias. Um dos locais visitados foi o Arquivo Rockefeller, em Nova Iorque, Estados Unidos.
 
A formação de mão de obra para a exploração de petróleo no país teve três momentos, de acordo com a autora. Desde o CNP, a ideia seria contratar estrangeiros, depois houve a tentativa de enviar brasileiros a países produtores de petróleo, principalmente os Estados Unidos, para cursos e absorção do conhecimento. Por último, tanto o CNP como a Petrobras investiram na capacitação de sua própria mão de obra.
 
 “Depois que a Petrobras foi criada, houve uma campanha de formação de geólogos, a partir de aportes de recursos financeiros do governo federal nas universidades. Os primeiros geólogos com esse título específico vão aparecer em meados dos anos 50. Alguns eram alunos de outros cursos que migraram para a geologia”, relembra a professora Silvia Figueirôa. De acordo com ela, a hipótese central do trabalho de pesquisa era de que a Petrobras também podia ser vista como “um local de formação, uma escola, um local de ensino pelo menos para seus próprios técnicos”.
 
A docente ressalta a importância de compreender como todo esse processo de fomento, com investimentos em recursos humanos qualificados, inclusive, permitiu, por exemplo, descobertas como a do pré-sal na atualidade. “O caso da Petrobras é o de uma instituição de sucesso, que deu uma série de passos acertados com investimentos e políticas que deram certo”.

Fonte: Jornal da Unicamp
 



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