Macaé (RJ) - Em comemoração aos 40 anos de produção na Bacia de Campos, a Petrobras, pela primeira vez, abriu as portas de seu Laboratório de Rochas para a imprensa. O setor é responsável pelo desenvolvimento de estudos importantes para a companhia. A pesquisa mais recente foi a avaliação das rochas para comprovar a qualidade dos reservatórios de Marlin Sul, anunciada no dia 10 de agosto.
Os jornalistas foram recebidos por Marcelo Batalha, gerente geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Campos. O executivo destacou que não há possibilidade da Petrobras deixar a região haja vista que na cidade está a principal estrutura física e o centro de controle da estatal. Segundo ele, ao menos 30% do estoque da Petrobras está em Macaé e por isso não procedem estes boatos de que a companhia vai o município. “Não há perspectiva de vocês se livrarem da gente”, enfatizou Batalha.
Na coletiva de imprensa, Batalha destacou que os contratos mais relevantes que a Petrobras tem são de os de concessão e que reforça a continuidade expansão das atividades na região. Ele destacou o de Marlin, que a teve seu contrato renovado com a Agência Nacional de Petróleo (ANP) até 2052. “Outras concessões está sendo avaliadas junto à ANP e, havendo extensão desses contratos, cada vez mais solidifica a nossa intenção de continuar a produzir na Bacia de Campo em longo prazo”, afirmou Batalha.
História geológica preservada
O Laboratório de Rochas é a memória viva da Bacia de Campos. A unidade foi implantada em meados da década de 80 e traz a história da região. É responsável por grandes descobertas como os campos gigantes de Marlim e Albacora. Atualmente, o laboratório atua em outros levantamentos importantes, como o Campo de Tartaruga Verde e Tartaruga Mestiça, e reforça a sua referência em estudos de geologia.
"Pelo laboratório passaram as grandes descobertas, dos campos gigantes da década de 80 até o pré-sal dos dias atuais", afirma o gerente setorial de Sedimentologia e Estratigrafia da Bacia de Campos, Marcelo Soares de Almeida.
A visita guiada com jornalistas mostrou parte do processo de avaliação. Todas as rochas oriundas de perfuração de poços passaram por diferentes tipos de análises como registro fotográfico, limpeza de água e sal, serragem, testes químicos, entre outros. As amostram são todas distribuídas em uma bancada e catalogadas em grandes estantes, onde ficam à disposição dos geólogos responsáveis pelos estudos de viabilidade.
O Laboratório de Rochas mantém um acervo com aproximadamente 50 mil caixas com amostras de rocha que registram 130 milhões de anos da bacia geológica de campos e história dos 40 anos da Bacia de Campos. Destas, 20 mil são de testemunhos (amostra cilíndricas de rochas), e se enfileiradas equivalem à distância de Macaé a Rio das Ostras.
Da Redação
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