Rodrigo Leitão
Macaé Offshore: Qual a importância do terminal para a indústria de óleo e gás?
Álvaro de Oliveira - Com a construção do primeiro terminal marítimo brasileiro exclusivamente dedicado à prestação de serviços para a indústria de petróleo e gás, a Itaoca Offshore é o mais novo player do segmento.
Uma empresa genuinamente nacional, a Itaoca Offshore será dedicada ao fornecimento de serviços e apoio logístico para o mercado petrolífero offshore na costa do Sudeste brasileiro, particularmente nos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, com uma estrutura inédita no Brasil.
M.O - Quando a Itaoca Offshore percebeu que seria de grande valia um terminal para atender a indústria? Quando começaram as conversas com o Estado do ES?
A.O -Na verdade, nosso terminal é privativo. É claro que conversamos com o governo do Estado, mostrando o nosso interesse em instalar o terminal no Estado atraindo a mão de obra local, e com isso gerando emprego e renda.
M.O- Há alguma parceria de compromissos entre a companhia e o governo? Quanto será investido no local e, há algum financiamento oriundo do BNDES ou de qualquer outro banco/órgão?
A.O - Com um investimento inicial de R$ 450 milhões, a Itaoca Offshore pretende instalar um terminal marítimo no município de Itapemirim (ES), composto por uma área continental de 600 mil m² e outra, offshore, com um cais de 230 metros e 11 berços de atracação.
No momento, o projeto encontra-se na fase de obtenção das licenças ambientais – processo cujas tratativas estão bastante adiantadas com os órgãos reguladores – com início das obras previsto para o primeiro semestre de 2013. Diversos contatos já foram estabelecidos com potenciais investidores nacionais e internacionais.
Em todos os encontros, houve grande interesse no terminal marítimo da Itaoca como uma solução rentável e necessária para o mercado de óleo e gás, o que também colabora com o cenário favorável para o breve início das atividades.
M.O - O empresário Eike Batista, tem dito ultimamente que o Porto do Açu, localizado no Rio de Janeiro pode servir também para a atracação de embarcações destinadas à indústria de óleo e gás, e não só para o setor de mineração. O terminal da Itaoca será exclusivamente em petróleo e gás ou poderá haver modificações ao longo da demanda?
A.O -Sendo um projeto greenfield, será o primeiro terminal de serviços para a indústria petrolífera brasileira projetado e construído especificamente para essa função. Portanto, não será feita nenhuma adaptação em um porto ou terminal marítimo já existente. Ele vai ser inteiramente construído para possibilitar a máxima eficiência na prestação de serviços para toda a cadeia de óleo e gás.
Graças à localização privilegiada do terminal, a Itaoca Offshore terá condições de atender à demanda de empresas que operam nas bacias de Campos e do Espírito Santo.
São áreas em que reconhecidamente há carência de infraestrutura para suportar o crescimento da atividade após a descoberta do pré-sal. Nosso terminal, por ser focado e dedicado apenas ao segmento de petróleo e gás, não irá apenas suprir essa demanda, mas contribuir para o desenvolvimento econômico de toda a região.
Outro diferencial importante é a exclusividade da estrutura para atender a essa indústria. Ou seja, além de ter sido desenvolvido para a máxima eficiência, os clientes do terminal marítimo da Itaoca Offshore não precisarão dividir a infraestrutura e instalações com outros tipos de cargas e produtos.
M.O – Quantos empregos diretos e indiretos o terminal vai gerar?
A.O - As perspectivas da operação reforçam isso. Em atividade plena, o terminal marítimo da Itaoca Offshore deverá gerar cerca de 450 empregos diretos e 1.000 indiretos. Durante a construção, a previsão é de abertura de 1.000 postos de trabalho.
|