São Paulo (SP) - Uma balsa com peças gigantescas da Petrobras, que seriam usadas na construção de uma empresa de fertilizantes, está parada, há seis meses, no Rio Paraná, no interior de São Paulo.
É uma situação que preocupa os ambientalistas.
Parecem até partes de um foguete espacial, mas não estão em uma base da Aeronáutica, e sim no porto de Presidente Epitácio, às margens do Rio Paraná, a 650 quilômetros de São Paulo. São peças que custaram R$ 16 milhões e seriam usadas na construção de uma usina de fertilizantes nitrogenados, fundamentais para a agricultura.
A UFN3 fica em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. É uma obra da Petrobras que estava sendo construída por um consórcio formado pelas empresas Sinopec e Galvão Engenharia. Oitenta e dois por cento da usina estão prontos. Mas, em dezembro, a Petrobras anulou o acordo alegando que o consórcio descumpriu o contrato. Com isso, tudo parou, inclusive o transporte das peças.
Enquanto as peças seguem paradas, o Brasil continua dependente das importações. Hoje, 70% dos fertilizantes nitrogenados usados em solo nacional vêm de fora.
Além do prejuízo econômico, a maior preocupação é ambiental.
"Há produtos químicos, a gente sabe que pode ocorrer explosão, por esses produtos e também vazamentos. Isso pode representar danos não só para as pessoas envolvidas no transporte, como também da nossa fauna, nossa vegetação e a qualidade da nossa água”, diz o ambientalista Djalma Weffort.
A Petrobras disse que todos os cuidados estão sendo tomados para evitar danos. E que está tomando providências para dar continuidade ao transporte das peças.
A Galvão Engenharia declarou que a empresa é apenas integrante do consórcio e que as peças pertencem à Petrobras.
Fonte:G1
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