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Matérias / Óleo e Gás
 
Expansão da exploração dos combustíveis fósseis alcançou seu limite
É o que revela o relatório “The Sky's Limit”, lançado hoje pela Oil Change International
26/09/2016

As emissões de carbono incorporadas às reservas atualmente em exploração nos campos e minas de petróleo, gás e carvão, se forem exploradas até o fim, nos levarão para além dos 2oC de aquecimento global, e muito além da meta de 1,5oC estabelecida pelo Acordo de Paris.

 
Isto é o que revela o relatório “The Sky's Limit”, lançado hoje pela Oil Change International, um dia depois de chefes de estado de todo o mundo se reunirem em Nova York para acelerar a entrada em vigor do Acordo de Paris pelo clima.
 
A análise se foca nas emissões potenciais de carbono das reservas já desenvolvidas, aquelas nas quais os poços já estão perfurados, as minas cavadas e os gasodutos, instalações de processamento, ferrovias e terminais de exportação construídos.
 
Dados da indústria, provenientes da Rystad Energy, consultoria líder em petróleo e gás, foram cruzados com o 'orçamento de carbono' derivado do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O orçamento de carbono é definido como a quantidade de emissões que a economia mundial pode lançar à atmosfera sem que a temperatura global ultrapasse um certo limite. Portanto, existe um orçamento de carbono para 1,5oC e outro para 2oC.
 
Os orçamentos de carbono para 1,5oC e 2oC são ilustrados abaixo em verde, enquanto a coluna multicolorida mostra as emissões acumuladas que teríamos se fossem exploradas e queimadas as reservas de combustíveis fósseis já desenvolvidas.
 
Com base no estudo, o director da Oil Change International, Stephen Kretzmann, concluiu que “se o mundo quiser levar às últimas consequências a intenção de alcançar os objetivos acordados em Paris, os governos têm que parar a expansão da indústria de combustíveis fósseis, visto que esta indústria já tem carbono suficiente na linha de produção para romper os limites acordados em Paris”. Isto não será tarefa fácil, já que o investimento projetado em novos campos, minas e infraestrutura de transporte, oleodutos por exemplo, durante os próximos 20 anos, é de US$ 14 trilhões.
 
Segundo o relatório, o primeiro e mais importante passo é não começar novos projetos de exploração de combustíveis fósseis. Como lembra Greg Muttit, um dos autores, “quando um projeto de mineração ou extração entra em operação, cria-se um incentivo para sua continuidade, na busca da recuperação do investimento e da geração de lucro. Este incentivo é poderoso e a indústria fará o que for preciso para proteger seus investimentos e manter a operação. É assim que se fica preso ao carbono”.
 
Claro que a constatação do relatório implica escolhas difíceis quanto à eliminação progressiva dos projetos existentes. Segundo o relatório, estas escolhas devem começar a serem enfrentadas primeiramente no mundo desenvolvido. O relatório enumera alguns exemplos que não podem ir em frente entre os maiores projetos de todo o mundo nos EUA, Canadá, Austrália, Índia, Rússia, Catar e Irã.
 
Muttit diz que existem apenas três possibilidades: a primeira e mais adequada seria gerenciar o declínio dos campos existentes de exploração de combustíveis fósseis e voltar as atenções e investimentos em direção à energia limpa e ao reengajamento dos trabalhadores em novos tipos de projeto; a segunda seria continuar a desenvolver novas reservas fósseis que, mais tarde, precisarão ser abandonadas de repente, o que gerará ativos “micados” que custarão muito aos investidores e causarão estragos às comunidades que dependem da exploração destes campos; ou a terceira, continuar desenvolvendo novos projetos fósseis e causar uma catástrofe econômica, ecológica e humana.
 
Muttit diz que ainda é possível tomar o primeiro caminho: “com um declínio bem gerido da indústria, teremos como substituir os combustíveis fósseis por energias renováveis com rapidez suficiente para atender às necessidades de energia da economia global e às metas climáticas. “E é possível fazer isto de forma a proteger os trabalhadores, as comunidades e o clima”.
 
Kretzmann afirma que “continuar a expansão da indústria do combustível fóssil é, agora, claramente, uma negação quantificável da mudança do clima. Subsidiar ou permitir ou lucrar com a expansão da indústria do combustível fóssil é claramente o equivalente moral à venda de cigarros em uma enfermaria de câncer”.
 
Da Redação
 



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