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Matérias / Carreira e Oportunidades
 
Petróleo deve gerar mais de 500 mil empregos até 2020
Setor vai reaquecer, acredita o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP)
13/11/2017

Depois do auge, seguidos anos amargando estagnação. Agora, porém, o setor de óleo e gás dá início a um novo capítulo que movimentará o mercado de trabalho no Rio, incluindo profissionais da área e de outros nichos atrelados a ela. Segundo o secretário-executivo de exploração e produção do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Antonio Guimarães, a expectativa é de que até 2020 surjam mais de 500 mil oportunidades diretas e indiretas no setor.

A oferta e as contratações, entretanto, não serão imediatas, mas gradativas, assim como o processo de exploração e produção de petróleo. As vagas, funções e locais de trabalho vão variar conforme as etapas desta retomada. Em curto e médio prazos, as oportunidades serão voltadas mais para cargos administrativos — que vão desde limpeza e finanças a marketing, por exemplo — e de pesquisa, como geógrafos e geofísicos, para avaliar estruturas e composições das áreas a serem exploradas.

Tais oportunidades são resultado da retomada do calendário de leilões, incluindo campos do pré-sal. No último, em outubro, de oito ofertados, seis foram vendidos. E para o primeiro semestre do próximo ano, mais dois leilões estão previstos.

— O Brasil tinha leilão todo ano até 2008, e aí ficou com hiato grande depois disso. O de agora deu visibilidade, principalmente no aspecto regulatório, mas também para destacar que o Brasil é um dos grandes produtores de petróleo no mundo. E que, para isso, teremos que ter um grande contingente de pessoas — afirma Antonio Guimarães.

Além da agenda de leilões, algumas mudanças na área, especialmente as regulatórias — como a decisão de a Petrobras não ser mais a única operadora, e regras na política de conteúdo local menos protecionistas chamaram novamente a atenção de investidores.

Segundo Alessandra Simões, da UpHill Executive, que recruta executivos desta área, as empresas, tanto locais quanto internacionais, já estão se movimentando. Nesse momento, diz, há chances para as áreas sísmica e pipeline (tubulação e gasodutos). E, mais adiante, em 2018, será a vez de chances para engenheiros, especialmente os de áreas correlatas.

— A agenda de rodadas, entre outros fatores, ajudou a desestagnar a indústria. As empresas já estão recrutando para a área sísmica em diferentes níveis, de técnico a diretor. Eles vêm num primeiro momento, para depois compor o restante da equipe — reforça Alessandra.

Guimarães ainda destaca que, além das oportunidades oriundas das mudanças e dos leilões, há outras que podem surgir em decorrência do petróleo já descoberto, em que a produção pode começar a qualquer momento. Sobre as regiões de atuação no Estado, ele explica:

— No Rio, as oportunidades são para as sedes administrativas. Na região de Macaé, onde as prestadoras de serviço operam, é mais técnica. Já em Niterói, o negócio é a construção naval. Cada lugar tem um tipo de oportunidade.

Ele cita outras particularidades da área:

— O setor de petróleo paga acima da média das indústrias, por causa da especialidade técnica, que é muito maior. Esse profissional é mais difícil de ter e, por isso, melhor remunerado.

Acreditando que o Rio é o melhor lugar para investir na área de petróleo, Diego Pereira Dias, 33, e Izadora Madrid, 20, resolveram sair de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, respectivamente, para estudar, trabalhar e investir no setor aqui. Os dois frequentam a UFRJ — ela como estudante de engenharia do petróleo e ele, que já é engenheiro, como pesquisador no Laboratório de Ensaio não Destrutivo, Corrosão e Soldagem.

— Eu vim ao Rio para fazer mestrado e para me aproximar da indústria de óleo e gás já que aqui é a capital, depois de Macaé — diz Diego, que chegou em 2011 e, mesmo com a crise, em que viu vários colegas perdendo seus empregos, continuou a apostar no setor. Recentemente, ele começou o doutorado em engenharia elétrica, para estudar autonomia de alguns equipamentos submergíveis que podem ser úteis no desenvolvimento da produção de petróleo.

— Com os leilões, estão vindo outras empresas e isso tende a fomentar o conteúdo local e aumentar a demanda por pessoas capacitadas — acredita o engenheiro.

OPORTUNIDADE

Já Izadora começou a faculdade interessada na tecnologia petrolífera, mas ainda está em busca do nicho que quer atuar. O motivo da vinda ao Rio, entretanto, é o mesmo:

— Vi que as oportunidades daqui eram melhores, pois há contatos com profissionais e é onde a maioria das empresas está instalada.

Os dois também fazem parte do Comitê Jovem do IBP, que organiza eventos como o Profissional do Futuro, onde recrutadores, profissionais e estudantes debatem sobre as tendências que as empresas buscam. Segundo Izadora, há uma inclinação forte e crescente para a automação e programação de softwares.

— Os RHs das empresas também falam que é importante ter brilho nos olhos por aquilo que se vai fazer e buscar uma empresa que tenha a ver com isso, ao invés de ficar atirando para todos os lados. Eles também reforçam que devemos criar nossas próprias oportunidades. Por exemplo, se me candidato a uma vaga e sei que o CEO vai dar uma palestra, pode ser uma boa ir lá e tentar conversar com ele.

Uma das grandes vantagens do mercado de óleo e gás é que paga-se muito bem e, geralmente, acima do que a mesma função em outra indústria remuneraria.

Por outro lado, com processos complexos desde a pesquisa de campo até a extração e transporte do óleo e do gás — e pelas cifras bilionárias investidas —, exige-se muito mais. E este é o ponto em que, além das boas expectativas de empregos, os especialistas são unânimes: faltam bons profissionais.

A IMPORTÂNCIA DO INGLÊS

As grandes dificuldades são, basicamente, em três aspectos: conhecimento técnico, que precisa ser bem detalhado; fluência em inglês, que nem todos têm; e gestão eficiente.

— Nesta área é necessária tecnologia de ponta e profissionais muito especializados para a utilização de equipamentos especialíssimos — pondera Antonio Gil Franco, sócio de consultoria em gestão de pessoas do Centro de Energia e Recursos Naturais da Ernest & Young.

Embora as multinacionais queiram contratar locais, muitos brasileiros perdem oportunidades em sua própria terra por não estarem aptos.

— Esses leilões dão início a uma série de oportunidades para as áreas de exploração e produção, mas já é preciso pensar hoje na mão de obra que será necessária já a partir do próximo ano. Minha preocupação é com o que aconteceu com a mão de obra que existia mas ficou sem colocação nos últimos cinco anos. Pode haver escassez de profissionais especializados e, com isso, ser necessário trazer gente de fora — afirma.

Já para Alessandra Simões, da UpHill, a maior deficiência neste mercado é de profissionais com habilidade de gestão.

— O que faz diferença nos menos experientes é a habilidade de gestão, que deixa a desejar. Falta maturidade de governança, de fazer mais com menos. Isso é ineficiência. — afirma Alessandra.

Flavia Bendelá, professora de Inovação e Estratégia em Negócios do Ibmec, onde há vários alunos do mercado de óleo e gás, reforça esse ponto. Segundo ela, é grande a procura por MBA em gestão por profissionais que trabalham na indústria petrolífera.

— A saída das empresas que operavam no Brasil deixou de lado muitos profissionais especializados. Hoje temos as operações e os leilões, mas o resultado não é imediato. O que a gente vê é que, pelo menos, aquele cenário de queda livre já parou e está sinalizando uma recuperação.

Fonte: O Globo
 



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