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'Trilha do Voto': ‘Capital do Petróleo’, Macaé sente a crise e tem até ‘Praça dos Desempregados’
Norte Fluminense perdeu quase 50 mil vagas desde 2015 e frustra quem veio atrás do antigo eldorado. Série mapeia os principais desafios do próximo governador do Estado do RJ
14/08/2018

 A Praça Veríssimo de Melo, no Centro de Macaé, virou a "Praça dos Desempregados". É no espaço verde encravado na RJ-106 que alguns demitidos nos últimos meses passam o tempo e esperam uma oportunidade – que dificilmente virá.


Esta semana, o Bom Dia Rio, o RJ1 e o G1 estão levando ao ar a série “Trilha do Voto”, em que os maiores problemas do estado em diferentes áreas são mapeados e mostrados onde a situação é pior. Nesta terça-feira (14), o tema é emprego. Na segunda-feira (13), reportagens falaram sobre segurança.

O Norte Fluminense viu minguar em 50 mil vagas seu mercado de trabalho de 2015 a 2017. Em Macaé, a ‘Capital do Petróleo’, e na vizinha Campos, a crise se abateu com ainda mais severidade. Não bastasse a recessão do país inteiro, a indústria da exploração do “ouro negro” sentiu outros dois grandes baques: a queda no preço do barril e o freio de arrumação na Petrobras pós-Lava Jato.

“A maioria das demissões foi nas plataformas de perfuração. Produzir, ainda estamos produzindo, mas, consequentemente, outros setores que dependiam da perfuração sofreram bastante as consequências”, explica Amaro Luis Alves da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhores Offshore do Brasil.

Quando a Petrobras para, um cruel efeito-dominó afeta toda a economia. Arthur Roberto de Lemos Silva precisou demitir um quinto da equipe de sua padaria. A produção de pães, salgados e doces encolheu 80 quilos. “Quando você tem famílias com boa renda, e a indústria é capaz de gerar isso, isso reflete no consumo”, lembra Arthur.

Informalidade e volta para casa
Roberto Fernando da Silva Costa trabalhava embarcado. Foi demitido e parou na areia. “Quando a situação se agravou, comecei a vender água e refrigerante na praia. Vi que não estava tendo muito ganho, aí eu vim para vender o geladinho”, conta Roberto, cujos sacolés ajudam a sustentar a família. “Tenho currículo disparado para várias empresas de Macaé. Só que não aparecia proposta de trabalho”, ressalta.

Campos perdeu 15 mil vagas entre 2015 e 2017, boa parte na construção civil. Hoje, multiplicam-se canteiros abandonados. “Só de currículo eu tenho uns 300 aí e não solto nenhum, porque não tem vaga”, lamenta o mestre de obras Antonio Nascimento Cabral.

Em Macaé, o dano foi bem maior: 35 mil postos de trabalho fechados no período. Cenário bem diferente do que encantou a agricultora Simone da Silva há cinco anos, quando ela e o marido saíram de Pinheiros, no Norte do Espírito Santo, deixando a lavoura em busca de uma vida melhor. “A gente ficou sabendo que aqui era muito bom de trabalho”, recorda.

Em 2013, havia oportunidades; tanto que Simone conseguiu trabalho. De doméstica foi a recepcionista e, depois, atendente em pizzaria. Mas a crise chegou.

“Aqui era a capital da oportunidade e hoje está difícil”, resume Simone, que pretende voltar para o Espírito Santo. “Lá só tem lavoura, mas em compensação não falta trabalho”, explica.

“Hoje em dia, você vê o sonho desabando, é muito complicado, é muito triste. Mas eu espero que mude o quadro e que eu não precise voltar pra minha terra”, desabafa.

Fonte: G1
 



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