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Matérias / Empresas e Negócios
 
Produção e eleições turbinam Petrobras
Na última terça-feira, o papel preferencial da petroleira encerrou o pregão a R$ 21,05, maior cotação desde 14 de setembro de 2012, quando valia R$ 21,06
25/07/2014
Rio de Janeiro (RJ) - As expectativas do mercado financeiro para a disputa eleitoral de outubro à Presidência da República provocaram nos últimos meses um movimento consistente de valorização das ações da Petrobras, que atingiram a máxima em quase dois anos. Na última terça-feira, o papel preferencial da petroleira encerrou o pregão a R$ 21,05, maior cotação desde 14 de setembro de 2012, quando valia R$ 21,06.
 
Desde o piso do ano, de R$ 11,81, de 17 de março, o papel subiu quase 72%, já descontando a desvalorização de ontem, de 3,75%, para R$ 20,26. Juntamente com outras ações de estatais, foi uma das principais responsáveis pela alta de quase 30% do Ibovespa desde a mínima de 14 de março.
 
Apesar da forte escalada, o mercado não projeta um recuo significativo da ação tão cedo. As recomendações para o papel são majoritariamente de neutralidade, mas também há sugestões de compra entre as principais corretoras.
 
Analistas e operadores comentam que expectativas políticas são o principal motor de curto prazo, mas questões operacionais não ficam de fora dos cálculos dos especialistas, a julgar por relatórios recentes. Muitos trabalhos ao longo de julho elogiaram a produção recorde da empresa em maio e o Credit Suisse, em relatório do dia 8, chega a chamar o pré-sal brasileiro de "Harvard das águas profundas".
 
"Por fundamento, é interessante manter Petrobras em carteira no longo prazo, com alvo na produção do pré-sal, que deve começar a se materializar em 2018, 2020", diz Pedro Galdi, estrategista da SLW Corretora.
 
As questões eleitorais, afirma, farão das cotações da empresa uma "gangorra", que oscilará ao sabor das intenções de voto de Dilma Rousseff. Petrobras tem disparado a cada pesquisa que mostra chance de vitória da oposição.
 
O governo Dilma é considerado pelo mercado como muito intervencionista, tanto na economia, quanto nas políticas da empresa. A contenção dos preços dos combustíveis como forma de controle inflacionário é uma das principais reclamações dos investidores.
 
Mesmo voltando à casa dos R$ 20,00, a ação PN da empresa ainda cai 8% na comparação com o primeiro pregão após a posse da atual presidente, em 3 de janeiro de 2011, quando valia R$ 22,97.
 
Will Landers, principal gestor de fundos para a América Latina da BlackRock, acredita que uma recomendação de compra neste momento só se justifica se os fundamentos da empresa melhorarem. Mas, se considerado o front político, ele acredita que as ações ainda têm chance de subir, caso um opositor de Dilma vença a corrida para o Palácio do Planalto.
 
"Acredito que muitos investidores tentaram se defender num cenário de vitória da oposição. Por mais que não goste dos fundamentos da empresa, muita gente neutralizou a posição nos portfólios, para não perder em caso de vitória da oposição", disse.
 
Em relatório de 16 de julho, o Credit Suisse tinha recomendação neutra para os ADRs de ações ON, com preço-alvo de US$ 14,00, abaixo dos US$ 17,00 atuais. Um pouco antes, em 8 de julho, o banco divulgou relatório positivo sobre a produção no pré-sal, que atingiu 500 mil barris de óleo apenas oito anos após a primeira descoberta. De acordo com a casa, a produção no Golfo do México demorou dez anos e, no Mar do Norte, 20 anos.
 
A produção da empresa também foi tema de comentário do Morgan Stanley em 13 de julho, quando divulgou sua prévia de resultados do segundo trimestre para petroleiras da América Latina. O banco lembrou que a produção da Petrobras em maio - 1,975 milhão de barris por dia - foi recorde, com crescimento forte no pré-sal e produção estável no pós-sal.
 
"Em linha com a expectativa de uma virada em maio, a produção da Petrobras cresceu 2,2% sobre o mês anterior e 4% na comparação anual, puxada por conexões de novos poços", comenta o analista Bruno Montanari.
 
"Atingir a meta da administração, de crescimento de 7,5% neste ano, ainda é possível e requer uma expansão média da produção de 2,4% de junho a dezembro. Entretanto, há espaço muito limitado para erros no front de execução, o que pode ser desafiador, dada a complexidade da indústria e o calendário agressivo de produção de novas plataformas", afirma o analista do Morgan Stanley.
 
O analista elevou modestamente suas estimativas para a Petrobras, em função do maior impacto de um real mais forte na comparação com o dólar nos resultados de refino. A recomendação é "equalweight" (em linha com o mercado), com preço-alvo de US$ 16 por ADR. Ele afirmou que não fez alterações em suas perspectivas desde então.
 
O Bradesco BBI Equity Research tem recomendação "market perform" (em linha com o mercado) para as ações, com preço alvo de R$ 30,00 para as preferenciais. Apesar de ser a projeção mais alta do levantamento, o analista Auro Rozenbaum diz em relatório que revisou para baixo suas estimativas para a produção doméstica média da Petrobras para este ano, de alta de 8,5% para ganho de 6,5% na comparação anual, a 2,057 milhões de barris por dia.
 
O principal motivo para o corte foi o impacto do encerramento de atividades da plataforma FPSO Brasil. O analista considerou que a produção de maio vinda da conexão de novos poços representa um crescimento de baixo risco, mas reduziu sua curva de produção projetada para levar em conta eventos que seguraram a produção no começo do ano. O banco diz que a empresa falhou em entregar o crescimento esperado nos primeiros quatro meses de 2014.
 
Já o Goldman Sachs recomenda compra para Petrobras PN, com preço-alvo de R$ 24,20. Em seu último relatório sobre a empresa, de 20 de julho, os analistas Felipe Mattar, Sergio Conti, Bruno Pascon e Thiago Auzier afirmam que continuam a ver uma relação entre risco e retorno interessante para a ação nos atuais níveis de preço.
 
O banco também fala em fluxo positivo de notícias, indicando que pode haver aumentos de preços de combustíveis no quarto trimestre deste ano ou no primeiro semestre de 2015, além de esperar elevação de produção no segundo semestre de 2014.
 
Um pouco antes, em 13 de julho, o Goldman Sachs havia colocado a Petrobras na sua lista de preferidas de energia na América Latina, ao retirar a Pacific Rubiales, canadense com operações na Colômbia, Peru e Guatemala. A casa avaliava a relação risco e retorno como favorável, apesar de a ação ter superado o MSCI América Latina em 9,5% nos últimos três meses.

Fonte: Valor Econômico
 



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