Rio de Janeiro (RJ) - A Petrobras vai intensificar as atividades de exploração na costa de Sergipe, para aumentar o conhecimento geológico da região, e iniciou uma campanha sísmica que deve dobrar os dados geológicos da área.
O levantamento sísmico 3D deve ser concluído no início do ano que vem nos blocos BM-SEAL-4, BM-SEAL-10 e BM-SEAL-11. A companhia pretende adquirir, ao todo, 6.600 km de dados sísmicos, sendo 3.200 km em águas rasas e 3.400 em águas ultraprofundas. Os dados sísmicos atuais da companhia somam cerca de 6 mil km.
As águas profundas da Bacia do Sergipe abrigam recentes descobertas da Petrobras, que já perfurou 24 poços na costa sergipana, sendo 16 deles com sucesso. A companhia evita falar em números sobre o potencial de produção da área até que as descobertas sejam declaradas comerciais, mas tem boas expectativas para a área. “Já sabemos que há volumes razoáveis para sustentar dois sistemas de produção, previstos para 2018 e 2020”, comentou Cláudio Madeira, gerente de interpretação das bacias do Norte-Nordeste da Petrobras. Ele participa do Rio Oil & Gas, principal evento da indústria petrolífera da América Latina e que acontece esta semana no Rio de Janeiro.
A estatal conduz, atualmente, planos de avaliação de sete descobertas na costa do Sergipe Barra, Cumbe, Farfan, Moita Bonita, Muriú, Papangu e Poço Verde. A Petrobras opera os três blocos. A companhia possui 75% de participação no BM-SEAL-4, em parceria com a indiana ONGC (25%), 100% no BM-SEAL-10 e 60% no BM-SEAL-11, em sociedade com a IBV (40%).
Fonte: Valor
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