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Matérias / Política e Economia
 
Petróleo em baixa afeta investimento da Petrobras
Para amenizar essas oscilações, a própria Petrobras vem trabalhando na queda de custos operacionais
16/10/2014

Rio e Brasília - A queda de 25% na cotação do preço do barril de petróleo neste ano, que reduz os gastos da Petrobras com a importação de derivados, pode, por outro lado, inviabilizar o desenvolvimento de alguns campos, principalmente, os do pré-sal, na opinião de especialistas ouvidos pelo GLOBO. Ontem, o barril tipo Brent, usado como referência no mercado internacional, fechou cotado a US$ 83,30, no menor patamar desde novembro de 2010, como reflexo da desaceleração da economia mundial e do aumento de produção do petróleo não convencional nos Estados Unidos, o chamado tight oil.

 
Mesmo com a queda da cotação do petróleo e o fim da defasagem de preços dos combustíveis, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que a estatal pode realizar aumentos. Anteontem, o Credit Suisse, em relatório, frisou que o preço da gasolina no mercado internacional está 1% menor que o cobrado no Brasil. O banco explicou que o preço do combustível, que em setembro chegou a ser 24,3% maior no exterior que no Brasil, é explicado pela valorização do real.
 
— Essa é uma decisão da Petrobras. Embora o preço da gasolina no Brasil esteja maior agora do que nos EUA, isso não quer dizer que a empresa vai deixar de fazer em algum aumento. Havia defasagem. Agora, não há defasagem. Agora, ( eventual aumento) é em benefício da Petrobras. O preço da gasolina está mais alto. Então, a Petrobras está ganhando com isso. Mas não significa que não haverá aumento. Isso é decisão da empresa — disse o ministro, que nas últimas semanas tem afirmado que a gasolina poderia subir ainda este ano.
 
ESTATAL PREVIA BARRIL A US$ 105
 
O preço do petróleo já está, inclusive, abaixo do esperado pela Petrobras. Pelo Plano de Negócios 2014-2018 da estatal, a cotação prevista para o Brent em 2014 é de US$ 105, número que cai para US$ 100 até 2017 e para US$ 95 entre 2018 e 2030. Na opinião do advogado Claudio Pinho, especialista em petróleo e gás, a queda na cotação “afeta de maneira significativa a conta da companhia”.
 
— Uma cotação do petróleo abaixo de US$ 80 significa investir com prejuízo. Dependendo da intensidade do recuo e da duração da cotação do Brent, podem ocorrer atrasos e inviabilizar alguns projetos, principalmente os do pré-sal, que contam com elevado custo de extração e uma logística cheia de desafios — disse Pinho, destacando que o custo de extração do pré-sal oscila em torno de US$ 60.
 
O ex-diretor da Petrobras Wagner Freire e o economista Aloisio Araujo, da Fundação Getulio Vargas (FGV), avaliam que a queda no preço do petróleo inviabiliza o desenvolvimento de alguns campos. Freire destacou que, como reflexo, o início do desenvolvimento de campos de petróleo pode ser atrasado:
 
— A queda no preço do petróleo afeta os campos de formas diferentes. As áreas da cessão onerosa, que não têm (incidência de) participação especial e apenas royalties, devem continuar economicamente viáveis. Libra (no pré-sal da Bacia de Santos), por exemplo, já vai merecer atenção especial. Mas um Brent abaixo de US$ 70 torna áreas inviáveis.
 
Para amenizar essas oscilações, a própria Petrobras vem trabalhando na queda de custos operacionais, com a redução no tempo de perfuração dos poços. No ano passado, o prazo para perfurar um poço do pré-sal já havia caído pela metade, para 70 dias. No segundo trimestre, o custo médio de extração do barril de petróleo era de US$ 33, valor que já inclui a participação governamental. Procurada, a Petrobras informou que não comentaria o assunto.
 
— O preço menor do petróleo torna menos atrativos os campos, mas é difícil mensurar um piso para a cotação, pois os custos de exploração do pré-sal vêm caindo muito — lembrou Araujo.
 
Pedro Galdi, analista da corretora SLW, diz que é preciso elevar a produção para exportar esse petróleo, mesmo a preços menores, para gerar caixa, pois a estatal tem dívida de R$ 229 bilhões:
 
—Independente da cotação do petróleo, a Petrobras precisa gerar caixa, mesmo com a menor pressão dos custos com a importação de derivados.
 
 
Fonte: O Globo
 



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