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Matérias / Política e Economia
 
Petróleo pode evitar primeiro déficit da balança comercial em 14 anos
Queda de preço no mercado externo, aumento da produção e menos importações vão garantir redução de US$ 6 bi no déficit da conta-petróleo
23/10/2014

Brasília (DF) - Vilã do comércio exterior brasileiro em 2013, devido a um déficit de US$ 20,3 bilhões, a conta-petróleo poderá evitar que a balança comercial encerre 2014 com saldo negativo, que seria o primeiro em 14 anos. O último déficit comercial ocorreu em 2000, no valor de US$ 730 milhões. A queda livre do preço do petróleo no mercado internacional nos últimos meses — de junho até agora, são quase 30% —, o aumento da produção do óleo pela Petrobras e a diminuição nas importações vão garantir uma redução em torno de US$ 6 bilhões no déficit da conta-petróleo, resultado das exportações e importações de petróleo de derivados. A estimativa é da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Desse total, US$ 2 bilhões de economia resultam da queda na cotação do barril do produto nas bolsas.

 
Pelos cálculos da AEB, a conta-petróleo fecharia este ano com um déficit em torno de US$ 14 bilhões, e a redução desse rombo pode viabilizar um pequeno superávit na balança comercial brasileira. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) mostram que, no acumulado de janeiro a setembro, houve uma melhora significativa nos números da conta-petróleo. O saldo negativo no período, que era de US$ 16,5 bilhões em 2013, este ano está em US$ 12,9 bilhões.
 
— Com o preço do petróleo caindo, a conta-petróleo pode ajudar, e muito, a balança comercial brasileira — afirmou o presidente da AEB, José Augusto de Castro.
 
Cotação também reduzirá exportações
 
Segundo informou a Petrobras, a expectativa é manter, até dezembro, o mesmo nível de importação do primeiro semestre, tanto de petróleo quanto de derivados. De acordo com o Mdic, nos seis primeiros meses deste ano, as compras externas desses produtos somaram US$ 19 bilhões. Em 2013, o total de gastos foi de US$ 40,5 bilhões.
 
Uma fonte da área de comércio exterior do governo enfatizou que é preciso olhar o quadro pelos dois lados. Ou seja, o ganho com as exportações de petróleo também cairá com a redução do preço do produto. Nos nove primeiros meses de 2014, o Brasil vendeu US$ 19,422 bilhões a outros países. No mesmo período, as importações foram maiores, de US$ 32,311 bilhões.
 
Arthur Viaro, economista da Tendências, também acredita na melhora do saldo da conta-petróleo, por causa do aumento da produção anunciado pela Petrobras. Ele projeta um déficit de US$ 17,4 bilhões este ano, frente aos US$ 20,3 bilhões registrados em 2013, e destaca que um dos fatores que balizam essa projeção é o aumento da produção da Petrobras.
 
— O déficit será menor, em função do crescimento da produção. A refinaria Abreu e Lima (PE) deve contribuir para a expansão da oferta de óleo diesel. Isso deve minimizar a necessidade de importação — avaliou Viaro.
 
Do lado das exportações, não há qualquer expectativa de melhora, já que, além da crise argentina, que afetou severamente as exportações para aquele país, há uma forte queda do preço do minério de ferro e outras commodities agrícolas, metálicas e minerais no mercado internacional. De janeiro a setembro deste ano, as vendas para o mercado argentino caíram 25,7%, com as maiores quedas sendo de automóveis, autopeças, veículos de carga, polímeros plásticos, motores para veículos, tratores, pneus e laminados planos.
 
Compensação para crise argentina
 
Conforme o Mdic, a Argentina é responsável por nada menos do que 77% do total de manufaturados que deixaram de ser exportados este ano. Assim, caberá à conta-petróleo amenizar o resultado negativo da balança em 2014. De acordo com as estimativas do presidente da AEB, a redução do déficit da conta-petróleo vai compensar, pelo menos em parte, a queda dos embarques de produtos manufaturados ao mercado argentino. No ano passado, o Brasil teve um superávit com a Argentina de US$ 3,153 bilhões, o que não deverá mais se repetir em 2014 e 2015.
 
— Claramente, a redução do déficit em US$ 6 bilhões na conta-petróleo é que vai contribuir para gerar um superávit, ou minorar um possível déficit na balança — disse Castro.
 
Estima-se que o preço do petróleo tenha tido uma redução de quase 30% desde junho. A cotação do barril do tipo Brent, que se mantinha estável em US$ 115, caiu a US$ 83. Entre as razões da desvalorização estão a preocupação com o desenvolvimento econômico na Europa, o avanço na exploração do gás não convencional nos Estados Unidos e o aumento da produção de alguns países do Oriente Médio, como Kwait e Arábia Saudita. Os principais prejudicados são países produtores que dependem fortemente das vendas do produto, entre os quais o Irã e a Venezuela.
 
 
 
Fonte: O Globo
 



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