Rio de Janeiro (RJ) - Os desafios de se estruturar um estaleiro na Bahia, com a magnitude da Unidade Paraguaçu, carteira de projetos, investimentos em transferência de tecnologia e qualificação de mão de obra foram as questões abordadas pelo presidente da Enseada Indústria Naval, Fernando Barbosa, no 26º Café com Energia, realizado ontem, 30, na sede da Firjan, no Rio de Janeiro. O evento, cujo tema foi “O Ressurgimento da Indústria Naval no Brasil”, é uma iniciativa da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP).
Na abertura do evento, Fernando destacou que a grande bandeira do setor nesse momento é ter maior previsibilidade da demanda. “É importante estabelecer novos contratos, ampliar encomendas, pois o horizonte de um estaleiro é de, aproximadamente, 30 anos e com um volume de investimento muito alto”.
Outro desafio que pode contribuir para que o ressurgimento da indústria naval no país seja mais efetivo é a realização de ajustes estratégicos na política de conteúdo local. “Os ajustes poderão beneficiar não apenas os estaleiros, como também os fornecedores, contribuindo para uma maior integração da cadeia de suprimentos”, afirmou. Barbosa ainda ponderou que é preciso continuar a investir em desenvolvimento tecnológico e na qualificação de mão de obra local para obter ganhos com produtividade e que indústria passe a ser mais competitiva globalmente.
Na sequência, o evento contou com palestras de dois pesquisadores do IPEA, Carlos Campos e Fabiano Pompermayer, autores do livro de mesmo título do tema do evento, que apresentaram os principais pontos da publicação, entre elas: visão econômica da indústria naval, revitalização, investimentos, financiamentos, variáveis econômico-financeira, perspectivas, entre outros.
Fonte: Ascom Enseada
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