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Entrevistas / Décio Oddone
 
  Os desafios da Prumo Logística
Em entrevista à Revista Macaé Offshore, o novo diretor de Projetos de Óleo e Gás da Prumo Logística falou sobre um dos maiores investimentos em logísticas em andamento no Brasil ? Porto do Açu -, e também o que a companhia espera alcançar nos próximo

Diretor de Projetos
Prumo Logística
28/08/2015
Rodrigo Leitão
 
Reconhecido como um dos maiores especialistas no setor de petróleo e gás, a Prumo Logística anunciou no final de junho deste ano, Décio Oddone como o novo diretor de Projetos da companhia. Oddone terá como desafios a finalização da construção do Terminal de Petróleo (TOIL) do Porto do Açu e o desenvolvimento de termoelétricas e do hub de gás no porto.
 
Graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com pós-graduação em Engenharia de Petróleo pela Petrobras, Décio Oddone cursou o Advanced Management Program na Harvard Business School, nos Estados Unidos, bem como o Advanced Management Program no INSEAD, na França. Recebeu o título de doutor honoris causa em educação pela Universidad de Aquino, na Bolívia.
 
Oddone construiu a sua carreira na Petrobras onde esteve por 30 anos ocupando diversos cargos executivos no Brasil, Bolívia, Argentina, Angola e Líbia. Ocupou o cargo de Presidente da Petrobras Bolívia entre 1999 e 2004, época em que esteve à frente da implantação da infraestrutura necessária para exportação de gás para o Brasil através do Gasbol (Gasoduto Bolívia-Brasil).
 
Em entrevista à Revista Macaé Offshore, o novo diretor de Projetos de Óleo e Gás da Prumo Logística falou sobre um dos maiores investimentos em logísticas em andamento no Brasil ? Porto do Açu -, e também o que a companhia espera alcançar nos próximos anos com o setor estagnado.
 

MACAÉ OFFSHORE - O Complexo Industrial do Porto do Açu é um dos maiores investimentos em logística em andamento no Brasil. O porto será o maior polo naval do país. Quais as primeiras medidas do senhor no novo cargo?
 
DÉCIO ODDONE - Desenvolver um projeto como o Porto do Açu é um desafio para qualquer executivo. Planejamos transformar o Porto do Açu no principal polo privado de óleo e gás do País. Desde que assumi a diretoria de Projetos de Óleo e Gás busco assegurar que as equipes de engenharia e implantação trabalhem alinhadas para entregar os projetos dentro dos prazos e orçamentos. Também estamos avançando com os estudos para a implantação de um hub de gás no Açu.
 
M.O. - Na visão do senhor, quais os principais desafios logísticos marítimos que o Brasil enfrenta atualmente? Como solucioná-los?

D.O. - Com o aumento do comércio internacional, o Brasil vai precisar de mais portos com infraestrutura eficiente, que atendam a demanda e as necessidades da economia do país. Além disso, com as novas embarcações que transitam pela ampliação do Canal do Panamá ? que possuem maior calado e largura ? é fundamental que os portos brasileiros tenham profundidade suficiente para recebê-los. Neste ponto, o Açu se posiciona como um porto de padrão mundial, com profundidade de até 20,5 metros. Isto possibilita que ele se torne um hub port no Brasil, recebendo navios da Ásia, Europa e Estados Unidos, e distribuindo a carga em navios menores pela costa brasileira.
 
M.O. - A Petrobras anunciou sua intenção no Porto do Açu. Apesar da crise que atinge a estatal, quais os pontos positivos que a companhia poderá contribuir nas operações do Complexo?

D.O. - O Porto do Açu se apresenta como a melhor solução para a instalação de empresas do setor de O&G. Possui localização estratégica, próxima à Bacia de Campos, responsável por 80% do petróleo produzido no Brasil. Com isso, será possível atender às necessidades de logística e suprimento das atividades de exploração e produção de óleo e gás nas Bacias de Campos, Santos e Espírito Santo. Essa proximidade gera uma significativa economia de tempo e redução no gasto de combustível. A Petrobras contratou o uso da base de apoio offshore, a maior do mundo, que a Edison Chouest Offshore está construindo no porto. Assim, a Petrobras, responsável por 80% do petróleo extraído no país, poderá utilizar o Porto do Açu como ponto de apoio às suas operações.
 
M.O. - O Instituto Estadual de Meio Ambiente (Inea) revogou a licença para operações ?ship to ship? em Angra dos Reis, reduzindo ainda mais a capacidade brasileira. Quais as perspectivas do senhor para essas operações no Porto? As conversas com o órgão já estão em andamento para essas operações?

D.O. - Com certeza, o Porto do Açu é a melhor alternativa para a realização de operações ship to ship no Brasil. Além de ser mais próximo aos principais campos da Bacia de Campos, a operação é realizada em área abrigada, com mais segurança e rapidez, com eficiência e redução de custos para os clientes, aumentando a competitividade do petróleo brasileiro. Estamos em contato com todas as empresas produtoras de petróleo e, no início de junho já assinamos um contrato com a BG Brasil para transbordo de petróleo no Porto do Açu a partir de agosto de 2016. O contrato prevê que a BG irá utilizar o TOIL (terminal de petróleo) do porto por 20 anos, movimentando um volume médio de até 200 mil barris por dia ? o que representa 20% da capacidade do terminal (que já possui licença para este tipo de operação).

M.O. - Quantas embarcações o Porto poderá receber simultaneamente em operação?

D.O. - O Porto do Açu terá 17 km de píer, com capacidade para receber 47 embarcações.
 
M.O. - Quais as perspectivas do ?hub? de gás no Porto do Açu? A Petrobras e outras companhias que exploram na Bacia de Campos e Santos já emitiram interesse nas negociações?

D.O. - As perspectivas são muito positivas. Acredi-tamos que o desenvol-vimento de um Hub de gás no Porto do Açu é uma das melhores soluções privadas para receber gás natural liquefeito importado (GNL) e escoar a produção doméstica de gás natural das Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo. Nosso objetivo é possibilitar a chegada, no Porto do Açu, de gasodutos para o escoamento da produção adicional de gás offshore. Já iniciamos o processo de licenciamento para a instalação de térmicas a gás (GNL), totalizando 3,3 GW, o que criará uma demanda de cerca de 15 milhões de m³/dia, tornando o Porto do Açu um importante polo consumidor de gás. Além disso, assinamos recentemente um Memorando de Entendimentos (MOU) com a Bolognesi Energia para avaliar um conjunto de oportunidades de investimentos para desenvolver projetos de gás natural no Porto do Açu.
 
M.O. - Qual o legado que o Complexo do Açu para o município de São João da Barra?

D.O. - O desenvolvimento de terminais no Porto do Açu traz uma série de benefícios para a região, como o aumento na arrecadação de impostos. Somente em São João da Barra, a arrecadação de ISS saltou mais de 7.500% desde 2005, quando registrou arrecadação de cerca de R$ 750 mil. Já em 2014, alcançou um valor superior a R$ 67 milhões, com o porto já operacional. Além disso, a Prumo realizou um Programa de Capacitação Profissional para moradores da região. Foram 150 pessoas treinadas e 51 contratadas para trabalharem no TMULT (Terminal Multicargas do empreendimento), que começou a operar no meio deste mês de julho.
 
Também realizamos programa de desenvolvimento para Fornecedores, realizado em parceria com o SEBRAE, que promove palestras, seminários, rodadas de negócios, cursos e consultorias de capacitação para as micros e pequenas empresas da região, preparando-as para atender as demandas das grandes empresas instaladas no Complexo Industrial do Açu. Já foram realizadas mais de 400 reuniões entre os empresários e as empresas que estão instaladas no Complexo.
 
M.O. - Os resultados no primeiro trimestre da companhia não foram satisfatórios. Há alguma previsão de chegar a um fluxo de caixa positivo?

D.O. - Os resultados são compatíveis com o estágio de maturação da companhia. Com o início das operações do Porto do Açu em outubro de 2014, já percebemos melhoras no resultado da companhia. Um deles é que nos últimos três trimestres a empresa registrou EBITDA positivo (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Além disso, com a conclusão das obras de infraestrutura básica dos Terminais 1 e 2 (T1 e T2), previstas para este ano, existe a previsão de redução no volume de investimentos. Estes dois pontos, somados aos contratos já assinados e em negociação, irão trazer novas receitas para a companhia, contribuindo para alcançarmos os resultados esperados pelos acionistas.
 
M.O. - A crise econômica que o país passa afetou a conclusão das obras. Os pagamentos dos fornecedores já foram solucionados?

D.O. - Todos os pagamentos estão ocorrendo de acordo com os contratos. Os grandes riscos do porto estão ficando para trás com o fim dessa primeira etapa de obras. O momento econômico pode ser difícil, mas o Açu é uma realidade e resolve uma série de problemas da infraestrutura brasileira. Somos uma fonte de grandes reduções de custo para várias empresas. O Açu já é um sucesso.
 
M.O. - A companhia americana Edison Chouest ampliou sua área no Terminal T2, no Porto. Qual a importância desse contrato firmado com a multinacional?

D.O. - Segundo dados da Agência Internacional de Energia, até 2035 serão investidos U$ 90 bilhões por ano no Brasil, com 71% destes investimentos sendo do setor petróleo. O Rio de Janeiro produz cerca de 70% de todo o petróleo produzido no país. A nosso ver, a maior parte destes investimentos será aplicada no estado do Rio de Janeiro. Esta estimativa e a política federal de aumento do conteúdo local no país são os dois principais vetores de estimulo à atração de investimentos para o setor de O&G no estado.

 

 

 
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