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Matérias / Óleo e Gás
 
Brasil tem potencial a explorar em óleo e gás
Para diretor da McKinsey, uma regulação mais amigável levaria o país a receber investimentos no setor
03/09/2015

 Rio de Janeiro (RJ) - O Brasil poderia receber muito mais investimentos na indústria de óleo e gás se tivesse uma regulação mais amigável. Mudanças no ambiente regulatório que permitam atrair investimentos poderiam mudar a espiral de queda dos indicadores econômicos, avalia o norueguês Svein Harald Øygard, sócio diretor da área de óleo e gás da consultoria McKinsey & Company no Rio. 

 
Em entrevista ao Valor, o executivo, que está há dois anos no cargo, diz estar intrigado com o fato de o país ter uma abundância de recursos naturais, o que lhe garantiria uma situação mais confortável do que a atual. "A regulação, por exemplo, abriria espaços para investimentos em infraestrutura, geração de energia hidráulica, solar e eólica, bem como facilitaria fazer as coisas acontecerem no setor de óleo e gás", afirma.
 
Esses investimentos podem ser um contraponto à situação macroeconômica brasileira, que se reflete em baixo crescimento e inflação alta, combinação que, para o executivo norueguês, tem espaço estreito para políticas.
 
Há dois anos no Brasil, faz elogios à Petrobras. Na sua visão, a estatal se tornou uma das empresas de energia mais respeitadas no mundo, com capacidades e tecnologia consideradas entre as melhores da indústria. 
 
A Noruega tem a petrolífera mais comparada com a brasileira, a Statoil. Ambas são têm ações em bolsa, de controle estatal e especializadas na exploração submarina. Mas pela avaliação de Øygard, a partir da descoberta do pré­sal, "vários tipos de erros foram cometidos" no país. "Alguns deles, em grande parte fora da Petrobras, porque pensaram que ela seria capaz de arcar com todos os custos de investimento, e que não precisaria focar na busca de eficiências. Não existe um caminho para o paraíso. Do jeito que eu vejo, o pré­sal foi um fantástico presente para o país. Mas, talvez, tenha se tornado menos abençoado do que poderia ser", afirma.
 
Øygard avalia que, atualmente, "todos estão procurando más notícias" sobre o país, enquanto tenta mostrar suas oportunidades aos clientes. Mencionando a abundância de recursos para gerar energia, inclusive água, o diretor da McKinsey lembra que, além de tudo, o Brasil é um dos maiores mercados do mundo. E que em vários setores, ao se considerar o ranking dos mercados pela possibilidade de crescimento, o país aparece no topo.
 
 "É o país onde todo mundo precisa estar. Em produtos refinados de petróleo é o quarto maior mercado em crescimento do mundo. Em bens de consumo, é onde as empresas gostariam de investir e crescer. Talvez seja uma provocação, mas acho que os brasileiros são privilegiados", diz.
 
Ele avalia que as áreas oferecidas para concessão na 13ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), prevista para outubro, oferecem uma boa oportunidade aos investidores. Como exemplo, cita a Bacia do Parnaíba, onde está o campo Gavião Real, da Parnaíba Gás Natural (ex­ OGX Maranhão). Øygard observa que o crescimento da produção de gás natural não convencional nos Estados Unidos criou um milhão de empregos nos últimos 5 anos. E diz que a produtividade de Gavião Real, no Maranhão, é melhor do que a encontrada nos Estados Unidos.
 
Segundo o executivo, os melhores poços produtores de gás são mais produtivos que os americanos ­ até 400 mil metros cúbicos por dia ­ e também mais baratos. Ele observa que o tempo entre descoberta e início da produção do campo, quando ainda era da OGX Maranhão, é um recorde mundial. Segundo pesquisa da McKinsey com dados públicos, Gavião Real é o 13º maior produtor do mundo entre os campos de gás em terra desenvolvidos desde o ano 2000.
 
"Como não aproveitar oportunidades como essa quando o país precisa de energia, precisa de gás, precisa crescer e precisa de empresas? E está lá. Vamos lá testá­lo. Vamos fazer uma estrutura regulatória que permita que as empresas trabalhem, mas o que vemos aqui é que a única coisa que as empresas enxergam são problemas", diz.
 
O executivo observa que a estrutura regulatória para repetir o modelo da Parnaíba ­ que produz gás para termoelétricas instaladas quase junto aos poços em um modelo chamado 'gas to wire' ­ "quebra em pedaços de alto risco" uma cadeia de valor rentável. "Quando se tem um projeto, o empresário fica preocupado com as oportunidades, de um lado, e com o mercado do outro. E como as partes estão relacionadas, é preciso decidir se elas fazem sentido ou não", afirma.
 
Para ele, se os projetos são cortados em fatias, com uma estrutura separada para produção do gás, gasodutos, termelétricas e outra separada para acesso, é preciso pensar sobre cada etapa da cadeia de forma isolada. "E nem todas as etapas da cadeia fazem sentido, mesmo que o conjunto faça. Então, se tira a atenção do foco do negócio, que é produzir gás para gerar energia", observa
 
Fonte:Valor Econômico
 
 



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