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Matérias / Carreira e Oportunidades
 
Retomada de projetos impõe novos desafios a executivos do setor de óleo e gás
Especialista comenta perspectivas para carreiras
28/11/2018

 Por Karim Warrak*


Depois de quatro anos de recessão, o setor de óleo e gás vem se recuperando no Brasil, impulsionado, principalmente, pelo aumento do preço do produto no mercado internacional e pela retomada dos leilões de áreas de exploração. Como consequência, a tendência é de reaquecer o mercado de trabalho. 

O último Rio Oil & Gas, ocorrido em setembro, mostrou um pouco do ambiente altamente positivo e otimista da indústria de petróleo. O evento recebeu um público acima do esperado, relembrando os períodos de forte aquecimento do setor. A excelente organização e um formato mais interativo alinhado com o grande número de visitantes fez do evento um grande sucesso.

O mercado sofreu uma forte recessão nos últimos anos, o que fez com que as empresas reduzissem bastante seus quadros de colaboradores. Temos presenciado uma retomada de contratações. Fizemos posições interessantes recentemente em diversas áreas para operadoras e para prestadores de serviços. O movimento ainda é tímido em 2018, mas a tendência é acelerar já em 2019 em função da maior frequência de leilões promovidos pela ANP..

Outro fator altamente positivo é o preço do barril do petróleo no mercado internacional em patamares acima do esperado. Não podemos apontar uma tendência de alta, mas sem dúvida o valor do barril superando os 80 dólares na semana da Rio Oil & Gas contribuiu ainda mais para a atmosfera de expectativas positivas para a retomada da indústria.

Competências e habilidades necessárias para se destacar no setor

Segundo a Abespetro, Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo, a projeção é que para 2019 o total de empregos alcance o patamar de 515 mil, cerca de 29% a mais que neste ano.

Para ser protagonista, novas competências e habilidades passaram a ser fundamentais para atuar nessa área. Persuasão, capacidade de influência, trabalho em equipe, planejamento e organização são competências cada vez mais demandadas pelas empresas. Isso porque buscam formar bons líderes e não somente bons profissionais. É o que alguns especialistas têm chamado de liderança 360°, isto é, um bom executivo não tem que pensar somente na empresa, mas sim ser um porta-voz do mercado e atuar na comunidade em que está inserido.

Além do conhecimento técnico, há habilidades necessárias do ponto de vista do perfil do profissional, como visão econômica e atuação com multitarefas. Com as bases de contrato com valores mais baixos, é fundamental que o profissional tenha um perfil focado em gestão de custos. Outra característica é o de atuar com multitarefas, isto é, o profissional que tenha uma visão ampla das atividades e que possa, inclusive, absorver mais de uma área. Essa é uma realidade: notamos um movimento de unificação de duas e até três diretorias embaixo de um gestor nas estruturas de grandes empresas, pois se torna cada vez mais necessário reduzir despesas e ganhar competitividade neste novo cenário do setor no Brasil.

Impacto nas remunerações

Historicamente, a remuneração do setor de petróleo sempre foi acima da média de outras indústrias.  A tendência é de contratações em patamares mais baixos e há duas vertentes que impactam na remuneração. Uma delas é a política de mercado, que passa a trabalhar com margens mais baixas. Anteriormente, com o mercado aquecido, as empresas trabalhavam com margens elevadas em contratos algumas vezes até bilionários, o que fazia com que a diferença salarial dos profissionais alocados nos projetos não tinham um impacto muito representativo na lucratividade das empresas. E a outra vertente que impacta na remuneração é a mão de obra desempregada, isto é, os executivos que estão fora do mercado de trabalho e que topam reduzir a remuneração para serem recolocados.

Concorrência entre mão de obra local e estrangeiros

O número de profissionais estrangeiros trabalhando no setor, no Brasil, reduziu drasticamente como consequência da recessão, o que tende a ser uma oportunidade para profissionais brasileiros.

A propósito, há características do profissional brasileiro que são muito valorizadas no exterior: somos reconhecidos por trabalhar bastante, ser flexível e ambicioso. Além disso, a cadeia do petróleo no Brasil é muito desenvolvida e complexa, portanto, temos um corpo técnico altamente capacitado.

O impacto das novas tecnologias

Como em todos os setores, as novas tecnologias estão cada vez mais presentes no dia a dia. Há muita automação nos processos da indústria de petróleo. Além disso, há muitos processos ligados à preservação do meio ambiente e à segurança do trabalho. Estive com um líder de uma empresa norueguesa e ele comentou que a empresa não utiliza mais mergulhadores para procedimentos no Mar do Norte. São exclusivamente os robôs que realizam 100% das atividades, justamente por conta do foco em segurança. Outro exemplo que destaco é o desenvolvimento de projetos de plataformas não tripuladas, em que as atividades de comando são realizadas remotamente, evidenciando também a tecnologia voltada para a segurança.

Diversidade

Com um movimento cada vez mais presente da diversidade, o setor se deu conta de que ambientes diversos geram valor para as empresas. Temos realizado projetos de mapeamento de mercado para alguns clientes em busca de profissionais do sexo feminino para assumirem papéis de destaque dentro das organizações. O setor de petróleo apresenta uma grande concentração de homens ocupando cargos de liderança, pois é uma indústria muito “engenheirada” e as universidades de engenharia ainda formam um número de homens maior do que o de mulheres.

Além da diversidade de gênero, um fator positivo é a busca por equipes formadas por profissionais de diferentes gerações. O mercado tinha preconceito para contratar candidatos com mais idade e preferiam apostar nos jovens potenciais e, isso, felizmente mudou nos últimos anos, pois as empresas vêm percebendo os benefícios da junção de colaboradores de diferentes idades.

Ainda sobre a questão da diversidade, faço um alerta sobre o choque de gerações dentro das organizações, não só no setor de petróleo: um grande desafio para os líderes é saber conviver com as diferenças entre as gerações. O mercado de trabalho está absorvendo atualmente os chamados “nativos digitais”, geração que cresceu com o uso da tecnologia no seu dia a dia. São profissionais que apresentam uma forma de pensar diferente de outras gerações e será necessária uma forte capacidade de adaptação e flexibilidade para as empresas.

*Karim Warrak é sócio consultor especialista no setor de petróleo da Fesa Group, empresa de executive search e estratégias de capital humano

 
 



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