Rio de Janeiro (RJ) - A medida que estabelece a diminuição dos índices de enxofre na gasolina produzida no Brasil, a gasolina S50, anunciada esta semana pela Petrobras, foi muito bem recebida por ambientalistas e demais profissionais ligados à área de saúde. A nova gasolina terá, no máximo, 50 partes por milhão de enxofre e permitirá uma redução de até 59% das emissões de poluentes na atmosfera.
No entanto, para Arnaldo Alves Cardoso, especialista em química ambiental do Instituto de Química da Unesp, essa política, apesar de trazer grandes benefícios ao meio ambiente, é preciso que sejam adotadas no futuro índices ainda mais baixos do que os atuais. “É uma evolução e precisamos evoluir e abaixar ainda mais o índice de enxofre na gasolina porque realmente esse componente químico traz impactos ambientais bastante graves”, disse em entrevista concedida para o Podcast da Unesp. Ele também disse que essa política chega ao Brasil com muito atraso uma vez que tal medida que já é adotada em países da Europa e nos Estados Unidos há muito tempo.
Em sua análise, o enxofre presente nos combustíveis é traz sérios problemas nas questões ambientais com impacto significativos nas grandes cidades. “A queima dessa gasolina provoca a formação do bióxido de enxofre, um composto que vai para a atmosfera e que tem propriedades capazes de afetar a saúde do homem, pois ao ser lançado na atmosfera, se transforma em ácido sulfúrico, o que ocasiona a chuva ácida”, afirmou.
Da Redação
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