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Nova Iorque (EUA) - Os preços dos contratos futuros de petróleo recuam nesta terça-feira diante do fortalecimento do dólar e dos questionamentos dos investidores se a recente alta dos preços é sustentável.
Às 8h50 (de Brasília), o petróleo para entrega em julho caía 0,55%, a US$ 59,39 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para julho recuava 0,63%, a US$ 65,11 o barril na plataforma ICE, em Londres.
Como a commodity é cotada em dólar, cada vez que a moeda norte-americana sobe, o petróleo se torna mais caro para os investidores detentores de outras moedas.
"Um dólar mais forte somente reforça as nossas preocupações de curto prazo com os preços do petróleo", aponta o analista da Morgan Stanley, Adam Longson. "Temos uma preocupação crescente com os fundamentos e com os preços do petróleo no segundo semestre de 2015 e em 2016, após uma rápida aceleração", acrescentou.
Os preços do petróleo se recuperaram cerca de 40% dos valores mais baixos na expectativa de que o excesso de oferta no mercado global entrará em equilíbrio no final deste ano. No entanto, analistas têm questionado a força deste rali, uma vez que os fundamentos do mercado não mudaram significativamente.
Segundo o Morgan Stanley, a renovação da força do dólar faz parte de uma "lista crescente de ventos contrários" para o petróleo no curto prazo. Outros fatores incluem a crescente oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), com níveis recordes de produção por parte dos sauditas e dos iraquianos, o risco subvalorizado da oferta iraniana, e alguns sinais de stress nos mercados físicos.
Além disso, na semana passada, o número de plataformas de perfuração de petróleo norte-americanas - um dado importante para a atividade na indústria do petróleo - caiu para 659, de acordo com a Baker Hughes, marcando a 24ª semana de queda.
A taxa de declínio, no entanto, tem sido moderada nas últimas semanas e alguns produtores de xisto nos EUA dizem que poderiam começar a adicionar novas plataformas nos próximos meses se os preços estabilizarem perto dos níveis atuais.
"Parece que o preço do WTI agora está de volta a um nível que torna a produção de óleo de xisto atrativo novamente", apontam analistas do Commerzbank.
Fonte: Dow Jones Newswires.
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