Rio de Janeiro (RJ) - O índice de sucesso da Petrobras no pré-sal, que informa o percentual de poços com potencial exploratório, não permanecerá nos atuais 80%. O indicador cairá para algo em torno de 40% a 50%, permanecendo na média do índice de sucesso da Petrobras em áreas fora do pré-sal. A avaliação é de Mauro Yuji, gerente de planejamento de exploração e produção do pré-sal da Petrobras.
“Até gostaria que [o índice de sucesso] continuasse em 80%, mas se ele continuasse seria algo muito melhor do que está sendo [estimado em termos de reservas de petróleo]. Como a Petrobras é mais conservadora em suas estimativas, a gente já trabalha com uma premissa diferente e devemos ficar na média [da companhia, que é de 40% a 50%]”, afirmou ele.
Segundo o gerente, a estimativa “conservadora” é que o pré-sal tenha reserva de 16 bilhões em barris de petróleo, a mesma quantidade de reservas brasileiras.
Yuji disse que o índice de sucesso do pré-sal está em 80% desde 2008 e que ele superou as expectativas da estatal e o parâmetro internacional, de 25% a 30% de índice de sucesso. Em sua avaliação, é “surpreendente” que o indicador tenha se mantido nesse patamar. “É muito pouco provável que ele continue em uma taxa de 80% na atividade exploratória”, disse ele, depois de participar da segunda edição do seminário “Competitividade da cadeia de óleo e gás e o papel da TIC”, no Rio.
Dados apresentados por Yuji, durante a palestra, informam que a produção da Petrobras no pré-sal é, em média, de 191 mil barris por dia. As estimativas são que, em 2017, a produção alcance 1 milhão de barris por dia e dobre essa quantidade a partir de 2020.
Fonte: Valor Econômico
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