Por Rodrigo Leitão
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Rio de Janeiro (RJ) - Durante a coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 17, na sede da Petrobras, a presidente da companhia, Graça Foster disse que cabe ao presidente licenciado da Transpetro (braço logístico da Petrobras), Sergio Machado, voltar ao cargo, após denúncias envolvendo seu nome na operação Lava-Jato desencadeada pela Polícia Federal.
De acordo com Graça Foster, se não houver desdobramentos do caso, a volta ou não de Machado ao final do período de 31 dias, que vence no dia 4 de dezembro, será decidida por ele mesmo.
"Se esse processo não estiver concluído, o Sérgio Machado tomará as decisões que ele achará corretas para a Petrobras", pontuou a presidente.
No ocasião, Graça ressaltou que foi o próprio Sergio Machado que pediu afastamento do cargo.
Entenda o caso:
Anotações na agenda do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator da Operação Lava Jato, revelam ligação entre Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema de propinas na estatal, e a Transpetro, subsidiária que atua no setor de navios, segundo investigação da Polícia Federal.
No caderno apreendido pelos agentes federais na casa de Costa, em março, quando a operação foi deflagrada, as anotações em sequência "FB" e "Navios" são interpretadas pelos policiais como Fernando Baiano e subsidiária da estatal, respectivamente.
O registro indica também a data da reunião, com quem seria o encontro, assuntos e os valores de propina na Petrobras tratados entre o réu confesso do esquema de corrupção e o suposto operador do PMDB. Fernando Baiano está com a prisão decretada, mas fugiu.
A Polícia Federal suspeita que essa nova frente de investigação possa atingir o presidente licenciado da Transpetro Sérgio Machado, que chegou ao cargo em 2004 por indicação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
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