Rio de Janeiro (RJ) - A Petrobras está negociando a troca do prestador de serviço de um contrato para a construção da termelétrica de Azulão, no Amazonas, que seria incluída no leilão de comercialização de energia de hoje, para fornecimento em 2019.
Trata-se de um contrato conhecido no setor como de EPC - Engineering, Procurement and Construction. Segundo disse uma fonte ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, a concorrência para o serviço foi vencida pela Toyo Setal, envolvida nas investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. A proposta foi de R$ 540 milhões, valor que, de acordo com a fonte, equivale ao dobro do custo médio normal de uma térmica do mesmo porte.
Azulão terá capacidade instalada de 110 megawatts (MW) e ficará instalada junto ao campo de mesmo nome, de onde será extraído o gás natural para a usina, no município de Silves, a 210 quilômetros de Manaus. O empreendimento está localizado na rota do linhão Tucuruí-Manaus, o que possibilita menor custo de transmissão.
De acordo com a mesma fonte, a Petrobras está tentando substituir a Toyo Setal pelo grupo Techint. O Valor apurou que a estatal depositou as garantias financeiras necessárias para incluir a termelétrica no leilão. Com isso, a usina está apta a participar do certame. Só não está claro se a Petrobras dará lances para a venda da energia. Procurada, a estatal não se pronunciou.
Fonte: Valor Econômico
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